A Loja Cosmos foi regularizada em 9 de setembro de 1899, tornando-se a instituição civil mais antiga em atividade contínua de São José do Rio Preto.

O engenheiro Ugolino Ugolini, considerado um dos fundadores, faleceu em 1914. Em 1943, seus restos mortais foram transferidos para o Cemitério da Ressurreição (Ercília), em um mausoléu construído pela Loja e hoje tombado como patrimônio histórico.

Alberto Andaló foi iniciado na Loja Cosmos em 16 de maio de 1942, quando já atuava como advogado e juiz de Direito. Logo se destacou como uma das figuras mais atuantes, ajudando a diagnosticar e reorganizar a situação administrativa e financeira da Loja, além de servir como orador em diversas sessões magnas.

Após o falecimento de Alberto Andaló, em 1959, a Loja Cosmos organizou uma romaria até seu túmulo e decidiu incluir sua foto na galeria de ex-veneráveis. Ele é lembrado até hoje como um dos políticos mais influentes oriundos da maçonaria rio-pretense, sendo citado ao lado de outros grandes nomes que marcaram a história da cidade.

Resistência às Crises – A Loja enfrentou períodos de crise: em 1916 quase fechou as portas por falta de irmãos ativos, e em 1937, durante o Estado Novo, todas as atividades maçônicas foram proibidas. Ainda assim, a Cosmos retomou com força em 1940.

Em 1902 foi lançada a Revista Cosmos, considerada o primeiro meio impresso da cidade, com quatro edições. Posteriormente, publicou o jornal semanal A Ordem (1920), o O Compasso (1971) e uma nova Revista Cosmos em 1999.

Em 1909, após doação de um terreno pelo obreiro da Loja Cosmos, Theodoro Rodrigues de Nazareth, foi criado o Hospital de Caridade, que deu origem à Santa Casa de Misericórdia. Theodoro foi um dos primeiros iniciados da Loja Maçônica Cosmos, em 1899, com 37 anos.

A Loja Cosmos se engajou em lutas populares e estruturais: defesa da cidadania, saneamento (projeto SANAR), fundação de SEMAE, apoio à criação de instituições como a Liga Rio-pretense de Combate à Tuberculose, IRCT, FULBEAS, Hospital Bezerra de Menezes e até participação na criação de uma emissora de TV local.

Participação em movimentos sociais – Em 1923, uniu-se à ACIA (hoje Acirp) para protestar contra o aumento abusivo de impostos em Rio Preto, mostrando forte engajamento com a sociedade civil.

A Loja Cosmos teve três sedes ao longo de sua história: começou em uma casa alugada no bairro Boa Vista, depois passou para um imóvel próprio na Rua Antônio de Godoy, projetado por Antonio Bahia Monteiro, e hoje ocupa um templo moderno, projetado por José Carlos de Lima Bueno e inaugurado durante o centenário sob administração de Odival Abrão Jana.

Cerca de 70 ruas, avenidas e praças em São José do Rio Preto levam o nome de ex-membros da Loja Cosmos.

Ao longo de seus mais de 125 anos, a instituição se consolidou como um importante celeiro de lideranças públicas. Saíram da Loja Cosmos 11 prefeitos, 22 vereadores, no cenário estadual, a Cosmos também se fez presente com 4 deputados estaduais.

Ezequiel Guimarães Corrêa foi um dos fundadores da Loja Maçônica Cosmos, em 7 de fevereiro de 1899. Primeiro venerável-mestre da Loja Maçônica Cosmos de 1899 a 1900 e de 1900 a 1901 e orador de 1902 a 1903 e de 1911 a 1912. Foi Tenente-coronel comandante do 73º Batalhão de Reserva da Guarda Nacional.